TOC ou perfeccionista Bacellart Psicólogo USP
TOC ou Perfeccionista?
Visão de um psicólogo:
O TOC ou perfeccionista, transtorno obsessivo compulsivo, precisa ser bem analisado, para não confundir com jeitos de ser do indivíduo; como por exemplo ser perfeccionista. Uma forma de decidir se é bom ser cuidadoso; ou se está no TOC, é perceber o quanto seu jeito de ser traz sérias limitações. Mas aqui vou dar destaque para a Intolerância e rigidez, visto que essa forma “leve” de TOC, é algo que muitas pessoas trazem para serem trabalhadas no consultório.
A questão principal para se nortear até que ponto uma pessoa está vivendo TOC, ou se é perfeccionista/controladora, preocupa-se muito com higiene, finanças e etc; tem a ver como quão limitadora é sua existência caso não consiga abrir mão de determinado comportamento. Por exemplo, deixar de comprar algo que acabou de ver e gostou muito, (supondo o valor não fosse nenhum empecilho); mas conterá, pois se não será uma compra cuidadosamente planejada, percebendo um certo impulso (perda de controle); e que decidiu que não é tão necessária.
Então, para não ir-se rotulando de ser uma pessoa obsessivo-compulsiva, é importante analisar com cuidado; afinal cuidarmos de nós é saudável: finanças, saúde, precauções diversas, fazer planejamentos. A questão para compreender se não é bom está na intensidade e na inflexibilidade.
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Uma questão fundamental da pessoa em TOC, é sentir vivendo em um mundo ameaçador, sempre analisando tudo, para um controle mais efetivo, a pessoa sente que qualquer flexibilização é ameaçadora, então o esforço é em manter-se sempre no já pré-estabelecido e conhecido.
A palavra compulsivo, diz respeito a repetição. O exemplo que todos conhecemos é o de verificar algumas vezes se a porta foi bem trancada, o gás fechado e o lavar as mãos. Além de ser incontrolável essas repetições, nota-se que dizem respeito a segurança do indivíduo; quando no controle da vida, a pessoa pode relaxar pois diminui sua ansiedade e preocupação.
Existe a possibilidade de o TOC ter se originado em uma pessoa que passou por uma depressão aniquiladora, o toc então seria uma defesa ante um sofrimento maior; pois a pessoa em toc pode ser mais funcional e ter uma vida menos difícil que em depressão grave. Enfim, o toc, ou um tipo de ‘dureza’ na vida, a inflexibilidade, o foco no já conhecido; podem ser formas de viver para alguém que passou por turbulências sérias, e que para não se desfragmentarem psicologicamente, “se tornaram obsessivos”. Nesses casos, obviamente, é importante ir tratando o toc com cuidado e calma, pois de certa forma é algo que sustenta o indivíduo que fora severamente machucado.
Socialmente falando, por exemplo, uma pessoa oriental (raça amarela) ou alemã, podem muitas vezes terem comportamentos de alguém com TOC; ou seja, é algo que se pode aprender na família e na sociedade.
TOC ou Perfeccionista, como defesa à Depressão:
O transtorno obsessivo compulsivo, toc, pode ser uma defesa à uma depressão aniquiladora. Em outras palavras, é como se nossa personalidade fosse compelida a entrar na forma do “tudo certinho”; para lidar com sua a “bagunça”; estar em estado de alerta constante contra qualquer ameaça, tranquilizaria sua fragilidade e insegurança. Tanto que de forma medicamentosa, quando se deseja trabalhar menos o desenvolvimento pessoal, um antidepressivo é indicado, podendo realmente ajudar.
Quando uma pessoa se fecha em poucas possibilidades (andar na linha), com a sensação que conhece a maioria das coisas, que tem respostas, que não encara questões complexas e em aberto; os perigos diminuem e ela se sente menos ansiosa e preocupada. É assim, basicamente, que é uma pessoa em transtorno obsessivo compulsivo. Claro que isso não deixa a vida dela saudável, ela sofre por ser assim, tem várias limitações, perdas de tempo com tarefas de deixar tudo em ordem; contudo, na perspectiva de ser uma defesa, como dito, é um estágio que a deixa produtiva, funcional.
TOC “Positivo”:
Depois que o analisando se desenvolveu na psicoterapia; e o toc não é mais algo tão perturbador, eu sugiro que aceite como importante os aspectos “positivos” do TOC ou perfeccionista e os mantenha: realizar bem as tarefas, cuidados para consigo e o outro. Como um neurocirurgião que se espera uma cirurgia perfeita (que repare o problema e não deixe sequelas).
Relação com o psicólogo: para todos os analisandos, mas sobretudo para os “certinhos”, é importante lembrar que o psicólogo não é perfeito.
Ansiedade:
Como a pessoa com TOC precisa sempre estar no controle das coisas; e estas invariavelmente saem do planejado, a ansiedade/preocupação, virá com o temor do que poderá sair fora do que foi concebido. Situações mais complexas, como lidar com seres humanos (inconstantes), doença e questões espirituais; também costumam serem temas difíceis.
Remédio
O termo transtorno obsessivo compulsivo, parece classificação de uma doença; que se contrai, tomasse medicação e pode controla-la. De fato, antidepressivos podem ajudar sim, contudo, essa é uma questão emocional para cuidar com o psicólogo.
Guarde a imagem do bambu como referencial de flexibilidade e retorno ao estado inicial após o fim dos ventos fortes; para quem é no TOC ou Perfeccionista:
Artigos: Depressão – Fragilidade – Medicação – Estresse
Bacellart Psicólogo Experiência USP – Presencial & Online – Brasileiro.
Abordagem – dependendo do terapeutizando (paciente): amadurecimento (Winnicott) e/ou TCC Terapia Cognitiva Comportamental e/ou Fenomenologia Existencial.
Se necessário, orientação em terapia breve focal.
Especializado em depressão, ansiedade/pânico. Desenvolvimento Profissional, Pessoal e Amoroso.
Aluno convidado ouvinte, doutorado USP (Gilberto Safra) e PUC (Zeljko Loparic), de 1997 a 2003.
Consultório Av. Paulista 1701, Bela Vista, Metrô Consolação e Trianon-MASP, linha verde. São Paulo SP, Brasil.
Possibilidade de entrevista para TV, rádio, revista e jornal.
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Bradesco, Sulamérica, Itaú, Porto Seguro, Allianz, Lincx, Cassi, BB, Caixa.
Espero Ter Ajudado!