Ter / Ser Amante

Neste artigo, como em outros, é preciso tratá-lo com isenção de valores, como inclusive recomenda o código de ética dos psicólogos. A questão é simples: ter ser amante espera casado prazer stress traição, há muitas dificuldades, desgaste emocional para manter essa situação; mesmo com tantos momentos de prazer. Assim, logística para evitar ser pego, dissimular para o(a) companheiro que esta tudo bem; lidando com o celular, “reuniões”, valores extras gastos; etc sempre é cansativo e frusta o indivíduo que gostaria de ter mais tempo com o(a) amante que tanto gosta ou diz completar sua relação oficial.

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Logo, quando se mantém relacionamento extraconjugal, ter ou ser amante, o casamento/namoro se enfraquece, não há como ter uma boa dedicação em casa, além de poder ter atritos/depressão e com o agravante do filho convivendo nesse ambiente não propício para um bom desenvolvimento dele. Manter uma relação já é difícil, acrescente uma pessoa e, ao fato de ter várias logísticas para esconder esse fato, é muito estressante.

E, é importante pensar no futuro, acredita realmente que poderá manter essa situação por muito tempo? a questão de estar envolvido amorosamente “por fora”, que consequências terá depois? Terá fôlego para separar-se? É importante levar em conta que o momento pode estar interessante, é bom conciliar a “renovação da(o) amante” com uma segurança do casamento; contudo, repito, é fundamental pensar a médio/longo prazo.

Existem vários motivos para manter, as vezes por muito tempo – destacam-se:

1) Dificuldade (normal) para manter um relacionamento, pois exige cuidado, esforço.

2) Uma espécie de ‘complemento’, a outra pessoa possui qualidades que a que se convive não tem.

3) A pessoa que tem outra não sabe os problemas que enfrentará nessa situação como não pode ver/falar com a outra em datas comemorativas, precisa monitorar todas formas de comunicação, lembrar-se de histórias não verídicas. Dúvidas com qual escolherá viver numa possível separação, além da coragem para separar-se e questões financeiras, do filho e sociais envolvidas nisso.

É importante saber o que se quer: uma relação afetiva? Morar em casas separadas? Casamento aberto? Curtir as liberdades de ser solteiro? – Quer ter ou ser amante como estilo de viver? (já conheci pessoas assim)

4) Se quiser um relacionamento ‘afetivo padrão’, ter bem consciente os pontos importantes da outra pessoa para que seja saudável?

5) Para separar-se/divórcio ou não, sabe profunda e amplamente o que procura?

6) Independente do que escolher, está disposto a se esforçar para ter um relacionamento maduro, mesmo que seja com colegas e amigos?

Caso não tenha ideia nem para começar com boas respostas, sugiro que as procure.

O que pode facilitar para ter/ser amante: necessidade de variar no sexo, dificuldade e medo em separar-se da relação atual, a relação está tão distante que o companheiro nem se importa. Vale lembrar que, manter uma relação não saudável em nome dos filhos, status, etc; nem sempre compensa. No caso de filhos, os mesmos podem perceber que algo não vai bem, é importante ter claro o que se pretende, viver a “aventura prazerosa”, pode ter consequências sérias, é importante ser responsável por isso.

Compensa?

Ao menos aqui, nos meus atendimentos; não parece compensar pois a pessoa muitas vezes me procurou justamente por esse motivo; o cansaço e perturbação, pela dificuldade de não conciliar as duas pessoas como tanto gostaria. Parece que se o indivíduo pudesse ter duas ou três pessoas fixas, ele(a) optaria por isso.

No quesito poliamor, possibilidade de relação aberta inclusive emocionalmente com mais de varias pessoas; já li matérias de pessoas que diziam estar realizadas nessa condição. Até creio ser possível isso; mas posso afirmar com certeza que a grande maioria das pessoas sente a necessidade de ter um vínculo afetivo forte com somente uma pessoa; por vezes pode sentir desejo sexual por outra pessoa, mas não necessariamente para uma relação de ter ou ser amante.

Amante sempre envolve um afeto maior, e é isso o maior problema. Sendo bem frio e calculista, sem defender o comportamento a seguir; é muito menos prejudicial ao casal que, se a pessoa for sair com outra, que seja algo rápido e sexual, do que afetivo e provavelmente mais longo.

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DR. Claudio Bacellart Psicólogo USP

 

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Comments

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