Cap 3 Maduro e Saudável:

É preciso esforço –

Parte 1 – 3º Capítulo do livro:

 

Erich Fromm (Psicanalista, Sociólogo).

– “Amor ‘bom relacionamento’/como digo:  composto por maturidade, autoconhecimento, coragem”.

– “Amar(bom relacionamento):  disciplina, concentração, paciência”

 

© Copyright – Bacellart Psicólogo USP – Capítulo de seu Livro Registrado na Biblioteca Nacional – Protocolo ISBN 978-85-7138-233-6.

 

O quanto é comum escutar frases como “é gostoso trabalhar lá”, “a  única coisa que não gosto é o clima pesado”. Relacionamento saudável está entre os tópicos principais no que a empresa busca em um funcionário, e anima o funcionário a continuar nela.

Parto do princípio (Paradigma que desenvolvi) que um dos problemas fundamentais de uma organização – e/ou o que pode ajudá-la a melhorar – se origina nos conflitos de convivência, independentemente do cargo/função exercidos pelo colaborador. Ou seja, não é tudo responsabilidade do ‘colaborador’, dependendo da política da empresa, isso pode ser facilitado ou não.

Naturalmente uma boa relação não é algo que se adquire facilmente por ter feito um curso; não é algo que se compra ou por ter essa informação; ou que por racionalmente ter escolhido essa aptidão, já se transforma. Para quem tem dificuldade nesse sentido, é preciso passar por um processo de desenvolvimento pessoal, que pode ser focado na relação profissional; contudo o relacionamento pessoal saudável, ocorrerá em todas as áreas do seu viver, o que será ótimo, pois é algo que sempre está presente em nossa vida, podendo deixá-la desgastada ou agradável/enriquecedora.

Nessa proposição, desenvolvi um caminho a ser trilhado rumo a essa proposta:

Relacionamento saudável pressupõe disposição para Cuidar e abertura para também ser cuidado. Cuidar não é paparicar, mas ter responsabilidade com a relação. Esta, por sua vez, se traduz em paciência, compreensão, disponibilidade para escutar e para acolher ou mesmo, se necessário, chamar a atenção do outro para comportamentos inadequados.

Contudo lembre-se: para chegar a saúde em todos tipos é algo trabalhoso que precisa muita persistência,

O requisito básico dessa responsabilidade pela relação é a Comunicação Diplomática/Madura, que será melhor detalhada em capítulo a seguir. A comunicação é o fundamento para que nos cuidemos (um ao outro); como: empatia, paciência, resiliência.

Maturidade:

O relacionar-se saudavelmente pode ser aplicado em qualquer esfera relacional: profissional, amorosa, fraternal, familiar, inclusive com seu animal de estimação. Seja você de qualquer personalidade, valores morais, cultura, visão de mundo, classe econômica.

Esse tipo de relação, que chamo de relacionamento maduro, é semelhante à palavra grega para um determinado tipo de amor: Storge; onde com os colegas, há um mínimo de conhecimento mútuo. E não falo de conversas sobre assuntos cotidianos que não dizem quase nada a respeito de quem é esse ser humano que convive com você 40 horas por semana, as vezes por anos. É importante ir desenvolvendo confiança, encontrar afinidades, e um estar à vontade.

 

OK, vamos lá, e como faço isso?

   1)  Fazendo!, isso é uma espécie de “brincadeira” que faço com meus analisandos / Terapeutizandos, pois como se sabe é pela prática constante que chegamos ao desenvolvimento, seja do que for.

   2) A resiliência, empatia e comunicação é o fundamental, e serão melhor descritos nos capítulos adiante. Mas você pode começar por uma espécie de boa vontade em escutar mais o outro, tentar se aproximar do mundo dele (opiniões, preferências, valores).

   3) Trabalhando questões da sua personalidade que atrapalham o seu relacionar-se. Psicoterapia, entrarei nesse em capítulo adiante.

   4) Pode não ser natural para você; talvez a maioria das pessoas sejam diferentes do seu jeito de ser, e sim, isso dificultará. Mas como sua meta é o crescimento profissional/pessoal; sobretudo para ser um gestor, “vender” seu trabalho / ser reconhecido, infelizmente não há escapatória, é preciso esse esforço. Mas em um possível desgosto dessa situação, será atenuado, você tendo em vista que faz sentido, que lhe ajudará em seu objetivo.

Que tipos de personalidades mais tem dificuldade de relacionamento:

   1) Fechado (defendido do mundo externo, sentido como ameaçador). Pessoa muito centrada em si-mesma, também chamada de egoísta.

  2) Distúrbio de alta autoestima, não dá valor ao outro, não escuta/acolhe. Existem as pessoas assim que raramente conseguem tratar bem o outro; e se vangloriam por “tratar todos por igual” – Se gabar por ser “humilde”. De qualquer forma isso é cansativo

   3) Pessoa com baixa auto estima, receio de se expôr e ser mal julgado. Aqui também pode ocorrer o oposto, o indivíduo pode, para chamar atenção; ser muito simpático e se mostrar sempre de ótimo humor.

   4) Alguém angustiado, “deslocado do mundo”; com poucas afinidades com os demais.

Resistência a mudança:

O que geralmente escuto sobre a dificuldade de coexistência: quando, depois do autoconhecimento, vemos os pontos que o indivíduo precisa colocar em  prática; há, muitas vezes, uma resistência do mesmo para dar atenção a esse tema e iniciar seu processo de desenvolvimento social.

Parece que o colaborador; para além das dificuldades de sua personalidade (comportamento), há uma certa recusa em desenvolver o traquejo social, sobretudo quando envolve uma “dissimulação positiva” (por ser contra seus valores morais), que é no sentido de se fazer diplomacia sem prejudicar o outro.

Muitas vezes também, o indivíduo, sabendo ser um bom funcionário; e, imaginando que isso é o fundamental (e por vezes é mesmo), se desestimula a esse desenvolvimento que realmente é difícil e por vezes desagradável, visto que envolve muita paciência.

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DR. Claudio Bacellart Psicólogo USP

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