Fragilidade – Medo.

by Bacellart Psicólogo USP Experiência Av Paulista

janeiro 21, 2024

Nesse desabrigo, vive-se como uma criança perdida numa noite chuvosa em uma estrada vazia.

O ponto mais fundamental da depressão é a falta de esperança. Aqui, em minha visão de psicólogo. O quanto sente-se com medo e frágil nesse momento. O indivíduo, em momento de depressão, sente-se debilitado, por isso medos, preocupações, possibilidades negativas, ganham força. Assim, existindo de forma precária, ele precisa levantar barreiras para defender-se de uma vida perigosa, e defender-se dele mesmo.

Contudo, independentemente de estar depressivo, ou até de SER depressivo desde criança, não conhecendo outra forma de experienciar a vida, entendendo essa forma de ser como natural (é a que sempre conheceu), pois bem, o indivíduo sente-se fraco, vive como impotente.

© Copyright – Bacellart Psicólogo USP – O ensaio aqui publicado pode ser reproduzido, no todo ou em parte, desde que citados o autor e a fonte.

Exemplo de algumas das proteções contra esse ‘viver perigoso’, que é como uma pessoa sem vigor se sente: isolamento; manias e dificuldade em tentar algo novo; focar demais o pensamento em qualquer coisa ou causa; evitar ou identificar-se com filmes e notícias dramáticas.

A pessoa frágil ou passando por depressão, com pouca solidez, torna-se menos combativa para as exigências da vida, há uma certa passividade, complacência e indiferença.

Indivíduo “tímido*”, “calmo”, “bonzinho*”; como modo natural de ser –

Por longo período, ou desde criança; um indivíduo pode ser uma pessoa sem um bom vigor; dependendo de como sua estrutura, (ou seria melhor dizer, pela falta dela), foi se constituindo; pelos mais diversos fatores emocionais.

O indivíduo pode ser entendido como pessoa insegura, com temor, receosa. O que nesse enfoque, pode ter como base uma depressão leve e constante. A pessoa se habituou a viver dessa forma, entende como natural, é contra o “mundo cruel”, há uma enorme preocupação com o social, animal e ecológico.

Obviamente eu não estou rotulando as pessoas que se preocupam com um mundo melhor e são doces, como “deprezinhas”. Como a questão aqui é vulnerabilidade, algumas pessoas são dessa forma (inclusive ótimos companheiros); mas elas mesmas não entendem a origem de serem assim, podem atribuir esse jeito de ser oriundo de, por exemplo: copiado de algum parente; da cidade onde nasceu; data de nascimento; consciência político-social, etc.

Acho muito bonito a pessoa se preocupar com um mundo menos desumano. Quero constar, no caso de pessoas com ‘leve-depressão-constante’, que ela teria uma vida mais saudável, inclusive na sua causa (direitos das plantas), se desenvolvido sua fragilidade. Para quem não simpatiza muito com o trabalho de si com psicólogo, gostaria de sugerir tentar ao menos uma consulta; afinal, por mais que se tenha acostumado a existir na Depressão e Medo e Fragilidade, e sinta couma mo natural; é um viver desconfortável e limitador.

Vale a pena tentar outra forma de ser:

1) O Fortalecido teve amadurecimento,

mas também é maduro não ser arrogante.

2) O Frágil não teve bom desenvolvimento e/ou teve sofrimentos fortíssimos, então:

O caminho é o fortalecimento sem perder a doçura.